Resenha: O Substituto - David Nicholls

Para Josh Harper, ser ator significa ter dinheiro, fama, mulheres aos seus pés e o papel principal nos palcos de Londres. Para Stephen C. McQueen, trata-se de uma longa e desastrosa carreira como figurante. Stephen tem um nome que não ajuda (não, ele não é parente do famoso Steve McQueen), um agente pouco interessado, um relacionamento complicado com a ex-mulher e a filha e um trabalho como substituto de Josh Harper, o 12º Homem mais Sexy do Mundo. E, quando percebe que está apaixonado por Nora, a linda e inteligente esposa de Josh, sabe que as coisas podem ficar ainda mais difíceis para ele. Ou, quem sabe, essa não é justamente sua Grande Chance? Com personagens engraçados e diálogos irresistíveis, O substituto é uma comédia arrebatadora. SKOOB

Oi, Pessoas!!!

Você compra um livro... cheia de amor. Abandona um outro que queria demais, só porque este é do autor de um dos seus livros preferidos no mundo - Um Dia (resenha aqui). Daí, você confere a sinopse divina e quando começa a ler...  

D E C E P Ç Ã O!

Ah  gente, por favor... O que foi aquilo? 

Um livro que tinha tudo para ser maravilhoso. A premissa é fantástica. O começo foi bastante promissor e a partir da página 45... já era! 

Marasmo... O livro fica tão sem enredo... Não sei nem explicar. Fora o personagem principal, que é o Stephen, não há carisma nos demais personagens. 

Não se faz um bom livro com um único personagem... tem que ter bons coadjuvantes ou pelo menos bons cenários... Algo pelo que o leitor se encante. Isso faltou demais.

Você não se apaixona por nada no livro. Nem pela relação dele com a filha, nem com a ex, nem com a tal paixão, nem com o antagonista. É tudo infinitamente estranho, deslocado...

Para não dizer que o livro é uma completa perda de tempo, eu diria que o Stephen é um personagem interessante. Ele é meio auto-depreciativo e tal mas isso é compreensivo diante de tantas rasteiras que ele tomou no meio em que trabalha. 

Stephen tem trabalhado como ator e a profissão é para ele uma magia redentora, uma espécie de fuga do mundo real. Ele deixa claro enquanto conta sua história que sempre teve fascínio pelo cinema e que sua maior alegria na infância e adolescência era ver um bom filme. Por isso quis se tornar ator, por acreditar que atuar é uma paixão. Ele até faz algumas ótimas referências a filmes antigos. 

Tudo no livro gira em torno dele almejar ser um ator de sucesso mas, na verdade, é substituto de um ator numa peça de teatro e participa como "cadáver" em várias outras produções (adorei as referências às séries policiais de tv). Além disso, trabalha em uma série de filmes infantis como um boneco que ensina às crianças o alfabeto, os números... enfim...  

Ri muito com as cenas iniciais do livro mas foi só... Acho também que o David se concentrou muito em descrever física e detalhadamente algumas cenas. Sempre prefiro quando o autor se detém no perfil psicológico dos personagens.

Nossa, a parte da festa é interminável e você fica desejando que o livro termine... Como leitora posso garantir que esta é uma das piores sensações que um livro pode causar... 

NÃO RECOMENDO! =´(