sábado, 9 de abril de 2016

Filme: Cake - Uma Razão para Viver

Título Original: Cake
Ano: 2015
Duração: 102 min
Direção: Daniel Barnz
Gênero: Drama
Elenco: Jennifer Aniston, Sam Worthington, Adriana Barraza, Anna Kendrick, Felicity Huffman, Camille Mana, Chris messina, etc






Roy: Não posso salvar você. 
Mal posso me salvar ou salvar meu filho.
Claire: Não tô pedindo que me salve.


Oi, Pessoas!!!

Hoje eu vou falar sobre Cake. Pense num filme que mexeu comigo. Esse me fez refletir um pouco além do costumeiro...rs. Chorei muito, muito mesmo. Mas não se preocupe, você não irá chorar. A não ser que esteja vivendo um momento parecido com o meu. Se for esse o caso, você vai se identificar e não há como não sofrer. Por outro lado, se você curte "terapia pela arte", vai apreciar essa catarse emocional.  Bora lá, comentar...

Claire é uma advogada na casa dos 30, separada do marido, que convive com fortes dores físicas e emocionais ocasionadas por um acidente de carro que vitimou seu único filho. Claire não lida bem com a situação e se isolou em si mesma. Ela se comporta de forma tão indiferente e até mesmo agressiva com as pessoas que termina por afastar a todos. Ela se afastou do marido... não ficou claro se estão separados no papel mas a verdade é que estão separados. 


A única pessoa com quem parece ainda estabelecer algum tipo de relação é com a sua auxiliar Silvana. Ela é uma espécie de faz tudo. Cuida da casa, das refeições, dirige e leva Claire pra cima e pra baixo em médicos, fisioterapias e afasta os aproveitadores. Parece mais um anjo da guarda. 


Silvana gosta tanto da patroa que compactua até com seus desvarios rs. Ela se joga com Claire na aventura de contrabandear remédios do México quando Claire não consegue receitas suficientes para a demanda de sua dor. Suas falas são maravilhosas e suas cenas algumas das melhores do filme. 


E, apesar de não demonstrar como deveria, acredito que Claire nutre por Silvana o mesmo afeto.  

A atitude ácida de Claire dificulta inclusive as relações que não pode evitar como as consultas médicas periódicas para manutenção de receitas dos remédios para aliviar a dor. As pessoas se sentem incomodadas com a presença da sua dor emocional. Não é estranho isso? 


Até as sessões de fisioterapia são um tormento para Claire. É óbvio que o acidente a deixou com graves sequelas e por conta disso ela sente muita dor. Mas, a sensação que tenho é que ela leva o tempo em se punir por ter ficado viva enquanto seu filho querido não teve a mesma sorte. 


E assim, ela se maltrata de todas as formas possíveis. Se entregando a relações sexuais vazias com estranhos; não se esforçando para melhorar fisicamente; descuidando da aparência. Não foi mencionado no filme mas acho que até as cicatrizes que ela tem no rosto poderiam ser atenuadas se ela assim desejasse. Mas a gente sente que ela deseja manter essa lembrança ruim sempre presente. É muito triste. 

Nas reuniões do grupo de apoio que frequenta a história se repete. Ela é sempre muito superficial e indiferente. E as pessoas que já estão sofridas por suas próprias dores não se sentem muito à vontade em sua presença. 


A situação se agrava quando Nina, uma moça que fazia parte do grupo se suicida e na reunião em que lamentam sua morte, Claire detém-se em relatar os pormenores do suicídio de Nina. Termina sendo 'convidada' a deixar o grupo. 

Claire não consegue parar de pensar na morte da garota que era casada e tinha um filho. Sem contar que ela começa a ter alucinações com a moça que nessas horas sempre instiga Claire a se matar também. Intrigada com os motivos que levaram Nina a cometer suicídio começa a investigar sua vida, chegando a visitar sua casa e conhecer seu marido Roy. 


A partir daí, o filme se desenrola. Os dois vão compartilhar suas dores e dificuldades. Sua relação parece trazer um sopro de esperança à vida dos dois. Desse encontro, surgiram as minhas maiores reflexões. 

O que acontece com esses dois? Bora conferir, minha gente!!! rs... É um filme muito bom. Jennifer Aniston arrasa. Nossa diva está totalmente entregue a personagem. Vale muito a pena assistir. 

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