"Retornando sobre nossos passos, chegamos novamente à frente da residência, tocamos a campainha e, tendo apresentado nossas credenciais, fomos admitidos pelos agentes de polícia que estavam de guarda. Subimos as escadas e entramos na sala em que o corpo de Mademoiselle L'Espanaye tinha sido encontrado e no qual ainda jaziam ambas as defuntas. A desordem da sala havia sido deixada conforme se achava, de acordo com o costume. Não vi nada que não tivesse sido detalhado na Gazette des Tribunahx. Dupin escrutinou cada canto da sala, sem excetuar os corpos da vítimas. Passamos então às outras peças e depois ao pátio, acompanhados o tempo todo por um gendarme. O exame ocupou-se até ficar escuro, o que nos fez ir embora. Em nosso caminho para casa, meu companheiro parou por um momento no escritório de um dos jornais diários.
Já comentei antes que os caprichos de meu amigo eram numeroso e que Je les ménageais - para esta frase não há um equivalente em inglês. Sua disposição presente era a de evitar qualquer conversação referente aos assassinatos e assim permaneceu até mais ou menos o meio-dia seguinte."
(Trecho do livro Assassinatos na Rua Morgue e Outras histórias - Edgar Allan Poe - Pag. 116 - Ed. L&PM Pocket - 2012)
Grande mestre, ícone e gênio!
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