A Fera - Alex Flinn
Eu sou uma fera. Uma fera. Não exatamente um lobo, ou um urso, um gorila ou um cão, mas uma terrível criatura que anda em duas patas — uma criatura com dentes e garras e pelos surgindo de cada poro de minha pele. Sou um monstro. Você acha que estou falando de contos de fada? De jeito nenhum. O lugar é Nova York. O momento é agora. Não sofro de uma deformidade ou uma doença. E vou ficar dessa forma para sempre — destruído —, a não ser que possa quebrar o feitiço. Sim, o feitiço, aquele que a bruxa da minha aula de inglês lançou sobre mim. Por que ela me transformou em uma besta que se esconde durante o dia e rasteja à noite? Vou lhe contar. Vou lhe contar como eu costumava ser Kyle Kingsbury, o cara que você gostaria de ser, com dinheiro, beleza e uma vida perfeita. E aí vou contar como me tornei... a fera. Alex Flinn adora contos de fada e fez suas duas filhas aguentarem dezenas de versões de A Bela e a Fera enquanto escrevia este livro... E aí perguntou a elas como uma fera agiria para encontrar uma garota em Nova York. É autora de outros cinco livros, vencedores de vários prêmios norte-americanos. Ela mora em Miami. (Scoop - Sinopse)
Oi, Pessoas!
Finalmente de Férias! \o/ Espero agora conseguir colocar em dia a leitura e, principalmente, atualizar o bloguinho comentando sobre todos os livros que eu for lendo. Hoje, eu vou comentar sobre "A Fera". Nossa, eu estava louca por esse livro já há um tempão. Com o fim do ano chegando resolvi me presentear com alguns dos meus "desejados" lá do skoob (rsrsrsrsrr) e A fera foi um deles.
Ainda bem que eu comprei. Achei a capa linnnnnnnnnda e a leitura foi muito gostosa e rápida. Não conhecia o trabalho da Alex e fiquei muito feliz com a fluidez do texto.
A história já é conhecida de todos e portanto não há novidades quanto a isso. A mudança é por conta do cenário e de algumas modernidades pertinentes ao nosso tempo.
Com relação aos personagens eu gostei muito do Kyle - que também é Adrian, que também é a Fera. A forma como a autora conduziu o personagem foi algo que me encantou. Ele é um carinha de classe alta que tem tudo o que deseja e ainda por cima é lindo. Ele tem atitudes esnobes e humilhantes com a maioria das outras pessoas que ele não considera do seu meio. Mas, o que eu achei legal foi que em todo o tempo durante a narrativa, cada atitude horrível que ele praticava... ele mesmo se questionava simultaneamente como não tendo sido o certo, mas no mesmo instante ele se justificava - nós agimos assim, é assim que pessoas do nosso meio são.
Nós vemos isso o tempo todo não é verdade? Quantas pessoas são de um jeito sozinhas e quando estão em "bando" se transformam? Seguir o grupo... fazer parte do grupo... Aff, acho isso nojento... mas enfim...
Lindy (a bela) é um personagem que se mostra pouco nessa versão mas eu gostei. Foi bom ver tudo sob a ótica do Adrian. Tem ainda a Magda (empregada), o Will (professor cego da Fera) que são lindos personagens - eu adorei a participação deles - e o pai do Adrian... Gente, que homem é aquele? Oh, desgosto!
Achei muito interessante a forma como o personagem da bruxa foi inserido na história e também o seu comportamento durante todo o desenrolar da trama. Isso me surpreendeu. Também destaco a sala de bate-papo... uma ideia bem legal. Pessoas diferentes buscando transformações em suas vidas. Outro ponto que me acalentou foram as referências à grandes obras literárias que eu amo como - O Corcunda de Notre-Dame, O Fantasma da Ópera e Os Miseráveis, Jane Eyre entre outros.
"- Gostei da parte em que, quando Rochester e Jane são separados, ele grita pela janela: Jane! Jane! Jane! E ela o ouve, e até responde. É assim que o amor tem que ser: a pessoa faz parte da sua alma e você sempre sabe o que ela sente." (Pág. 173)
Bem o que posso dizer... me apaixonei perdidamente pelo Adrian... recomendo totalmente o livro. Aguardando ansiosamente o filme. \o/
Conceito: * * * * *