Renascida das cinzas de seu passado sombrio, Woodbury se torna um oásis de tranquilidade em meio à praga dos errantes. Mas, após o chocante fim do ex-tirano Phillip Blake, o Governador, Lilly Caul e seu grupo de sobreviventes deverão superar seu passado traumático. E, como sabemos, os mortos-vivos são o menor dos problemas para os habitantes desse inóspito universo.(Skoob)
Oi, Pessoas!!
Protelei bastante mas já não posso evitar e hoje vou escrever o que eu achei do quinto livro da série The Walking Dead - Declínio. Já adianto que não gostei e esse foi o principal motivo de ter protelado tanto a escrita dessa resenha.
Então, bora lá comentar.
Este foi o primeiro volume escrito somente pelo Jay Bonansinga. Sobre isso não tenho queixas. A escrita não é ruim. Ela apenas segue a linha "Bora fazer dinheiro com a franquia a qualquer custo", do mestre Robert Kirkman. O que isso significa? Significa arrastar a escrita o máximo possível para render outros volumes, ainda que isso sacrifique a fluidez da história e a paciência do leitor.
Se já era possível ver esse tipo de manejo financeiro nos livros anteriores, neste ficou mais que evidente. Sabe aquela sucessão de fatores que acarretarão uma nova e poderosa cena que nem sempre está explícita e que gera todo um suspense e uma ponte fantástica para o transcorrer da história? Aquela em que você suspira de alegria e contentamento por ter adivinhado o que aconteceria antes mesmo de ser revelado pelo autor? Pois é... Neste livro, existem 3 momentos assim. Mas, INFELIZMENTE, são três momentos em que a alegria e o suspense se perdem porque a enrolação é grande e quando o personagem finalmente conta o que é VOCÊ E TODA A TORCIDA DO FLAMENGO já sabiam o resultado. Isso causa frustração e raiva. É mais ou menos como quando a gente vai espirrar e alguém corta o nosso espirro... Entende?
Não bastasse a trágica forma de conduzir a escrita, a história é bem fraquinha. É sério. Concentrada em uma Woodbury pós-Governador, a história foca na administração da cidade pela já conhecida personagem Lilly Caul em parceria com o também conhecido Bob Stookey (ainda vivo nos livros) e alguns remanescentes da comunidade. Um arrastar sem fim sobre questões já bastante exploradas de busca por alimentos e combustíveis, com pouco ou quase nenhum aprofundamento em questões emocionais e de comportamento humano que sempre são mais interessantes para mim.
Tivemos a introdução de alguns novos personagens como a família Dupree, cuja a participação eu esperava que fosse ser espetacular e essencial para o desenrolar da história, diante de toda a insinuação que foi sugerida pelo autor no decorrer da trama e que se mostrou totalmente falha. Isto é outra coisa desonrosa de ser feita por um autor – criar uma expectativa que não se concretize e que não passava de mais uma forma de enrolação. A família formada por pai, mãe e três filhos – teve seus componentes pouco apresentados. Sinceramente, apenas o personagem Tommy (filho mais velho) foi um pouco melhor construído, restando para os demais, cenas pouco esclarecidas ou muitíssimo forçadas.
Também foi introduzida à história, o restante de uma congregação religiosa liderada pelo Reverendo Jeremiah James Garlitz e mais 15 pessoas. Sinceramente? Decepcionante. O cara poderia ter sido uma excelente aquisição ao enredo mas não passou de mais um personagem deslocado pelo pouco aprofundamento que o autor lhe dedicou. O reverendo parecia mais um clichê mal aproveitado, um Jim Jones da vida, ou seja, pastor charmoso, megalomaníaco, suicida/homicida. Seu pai era um clérigo do exército que disciplinava ao filho e subordinados com um bastão de baseball que chamava de PORRETE de BELÉM. Opa, será que isso significa que o Jeremiah que também gosta de matar zumbis com uma cruz de madeira, seria o Negan, nosso velho conhecido dos quadrinhos e série de tv?
Gostaria muito de te dar algum parecer sobre isso, mas a verdade é que as informações fornecidas pelo livro não nos permitem chegar a nenhuma conclusão. Tá se sentindo frustrado? Imagine eu, que tive que ler todas aquelas páginas de nada absoluto.
Não gosto de ser agressiva nas críticas mas NOVAMENTE, a franquia me surpreende NEGATIVAMENTE. Isso acaba comigo. Para não dizer que o livro todo foi perdido, a descoberta das galerias subterrâneas foi uma sacada maravilhosa e estupidamente desperdiçada. Alguém aí duvida, que caminhar pelos subterrâneos seria SENSACIONAL para fugir das ruas infestadas de zumbis? Pois é...
Bom, é isso. Não recomendo a leitura de forma alguma. Não acrescenta nada de empolgante ou novo ao universo zumbi, a escrita não flui, os personagens não têm profundidade, a história é fraca e bzzzzzzzzzzzzz... 😪 Não posso deixar de mencionar a melhor citação do livro que, por sinal, não é do Jay... é o personagem Calvin citando um outro autor que não foi identificado.
"Não há ateus nas trincheiras."
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